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1.5.11

Dos hábitos alimentares

Família Forreita é tradicional do RJ, e desde as vilas de 1800 e pá criou-se e garantiu-se nos interiores se alimentando na base do aipim (regionalismo para mandioca) e chã de dentro (regionalismo para coxão duro).

Ao longo de sua dispersão geográfica, familia Forreita concebeu diversas promessas do esporte - nadadores, maratonistas e ciclistas.

Os atletas Forreita seguiam duros planos de treino, diários, e mesmo com muito esforço não passaram de promessas por conta de uma crise de câimbra (ou cãibra) que, apesar de crise, era crônica. Pobres Forreitas, invariavelmente não terminavam o treino e iam pra casa com a perninha troncha e os músculos repuxados.

O tempo passa e os Forreita se dão por satisfeitos com sua condição de miguelagem muscular, um provável castigo divino pela monotonia alimentar de carne com mandioca experimentada por seus antepassados.

O tempo passa e o Discovery channel, o canal da instigação frenética, em um de seus programas de investigação metabólica descobriu que os Forreita sofrem de uma ancestral-orgânica-hereditária e inevitável carência de potássio. Muito bem, o triunfo da ciência foi celebrado em uma grande festa pelos Forreita.

De acordo com a nutricionista da família, isso explicava, além da inconveniente persistência das câimbras, estranhos hábitos alimentares observados na casa dos Forreita.
As bananas verdes não amadureciam na fruteira, a voracidade pela fruta era tamanha que não dava tempo. O arroz sempre sobrava sem feijão - as conchas da mesa eram daquelas industriais da merenda escolar - e a batata era preferência em todas as idades - e em todas as refeições, por que não?

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