todos os fatos, novidades e destemperamentos que eu queria comentar com mais de 5 pessoas mas tive preguiça de ligar.

29.7.09

fonética monetária




Brasileiros, estadunidenses e búlgaros conversam sobre dinheiros em um idioma embriagado e incompreensível:

Bul: "E essa é a nota de 20 "klustkis" da bulgária."
Bras: "Ah tá. E quanto vale?"
Bul: "Ah, uns x euros. E esse é o fulano, inventor do sistema de alfabetização da bulgária. Como se diz isso em português?"
Bras: "A-bê-cê-dá-rio? Deve ser."
Est: "Acho que não temos isso... é tipo phonems?"
Bras: "Fenômenos?"
Est: "PFFFonemms? Os sons das palavras?"
Bras: "Ah, deve ser."
Est: "Pois a nossa nota é o dólar, conhecem né? Tem o presidente x, que fez não sei que, não sei que e tem um monumento não sei onde."
Bul: "Vocês tem dinheiro do brasil aí?"
Bras: "Sim, chama-se reais"
Est e Bul: "Rrrrréaish? Nice. Beautiful, é colorido. Que que tem atrás? Bichos? O dinheiro de vocês tem peixes e tartarugas? E quem é essa moça?"
Bras: "Hm... Miss Liberty."

E depois não quero que achem se vive na selva.

18.7.09

onde boto?


Algumas famílias têm sótãos. São aqueles quartos em cima das casas normalmente de difícil acesso e naturalmente sujos. Outras famílias têm porão. Aquele quarto embaixo das casas que são mais fáceis de chegar e menos empoeirados que os sótãos, mas os mofos costumam subir em suas paredes. As que moram em apartamentos têm os armários na garagem, com portas geralmente empenadas e cadeados que não abrem direito. A diferença dos armários de garagem é que eles guardam também os feijões e açúcares que não couberam na despensa do apê. Resquício daquele hábito que as famílias tinham naquela época dos 90, quando faltava comida e ter 20 kgs de arroz em casa era perfeitamente aceitável.
Todas essas são instalações que servem para guardar toda categoria de objetos que não são tocados há mais de 5 anos, mas ainda tem uma chama de utilidade futura.
Pessoas desorganizadas, seja lá onde vivam, costumam ter sótãos próprios: o porta-malas. Começou pelo casaco. Depois chegaram os chinelos, tênis e algumas outras roupas. Livros, patins. Descobre-se que o porta-malas é o espaço ideal e infinito para todos os itens que atravancam o quarto. Tudo funcionou muito bem na minha cabeça até o moço que ia lavar o carro abrir o porta-malas, me olhar e suspirar um "......nosssa...." tão sincero que ruborizei. Velhos hábitos..

9.7.09

MJ

Quanto mais a reporter falava que não tinha nem hora nem o local marcado pro enterro de MJ, mais eu ficava ansiosa com aquele velório-showmício.
Eu tinha certeza que aquele clima musical de luzes e cores e brilho não era acaso. Passei a tarde esperando. Depois do 50º discurso e 23º musical, ia ser incrível se o caixão abrisse, e em meio a luzes de neon e fumaça de gelo seco, saísse um cover (ou numa viagem mais intensa, o próprio) moonwalkando e "who´s back!! tã..tã-tã.. tã-tÃ!".
A platéia chocada, os fãs entre revoltados e esperançosos - será que é ele mesmo -, os repórteres perdendo o ponto pra não divulgar o furo com a voz tremendo e eu rindo alto e me achando profeta.

5.7.09

chá de gripe


Em tempos de inverno e gripe, recomendo um chá miraculoso descoberto aqui. Tem toda a historinha, vale gastar um tempo lendo dos milagres das plantas.
2 estrelas de anis + 2 paus de canela + 2 cravinhos + pedaço de casca de tangerina + torinha de gengibre
Funciona mesmo, tava meio baqueada e sarei de pronto (não usei pimenta, lá em casa esse condimento é vetado).

Não gosto de inverno. Demoro pra entender que tá frio e passo semanas de tremendo de regatinha. O inverno, frio, julho me lembra meu cobertor verde e um par de meias roxas que eu tenho desde sempre. Lembra fogueira, aquele procedimento de ficar rodando na frente do fogo: esquenta a cara e esfria as costas sucessivamente, isso deve fazer mal. Lembra também gripe, litros de chá e experiências gastronômicas envolvendo muito queijo, vinho, creme de leite e chocolate. E uma frutinha (flambada e com açúcar) pra não dizer que eu esqueci da formação...